Graças às imagens feitas com drones, agentes de fiscalização da Floresta Nacional (Flona) de Caxiuanã, no Pará, detectaram um desmatamento ilegal de 5,2 hectares no interior da Unidade de Conservação (UC).
É a primeira vez que um veículo aéreo não tripulado (VANT) aparece em um registro oficial de um auto infração. Após a análise das imagens do drone, o desmatamento foi confirmado com os dados obtidos via satélite da Divisão de Monitoramento e Informações (DMIF).
A infração faz parte da Operação Tolerância Zero, cujo objetivo é o combate de ilícitos ambientais nas Unidades de Conservação. Segundo a equipe responsável pela ação: “o drone permitiu a otimização do trabalho em campo, orientando de forma clara onde seriam os locais de ocorrência dos ilícitos ambientais, e possibilitando a apuração quase imediata de denúncias recebidas”.
Com isso, têm-se a vantagem da redução do tempo em deslocamento das equipes, um maior direcionamento à região onde há a constatação de uma infração e uma maior segurança do grupo, já que não precisam se expor à ameaças durante a busca por zonas de ações ilícitas nas unidades de conservação. Além de aumentar a chance de ocorrer um flagrante - vale lembrar que as imagens dos drones podem ser utilizadas como provas de crimes.
Desde 2018 os drones vêm sendo utilizados em operações de fiscalização na região do Pará, porém eram operados pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). Já a primeira operação com o uso de drone adquirido pelo ICMBio foi em abril de 2019, na Floresta Nacional (Flona) de Altamira.
Em agosto de 2018, o ICMBio iniciou testes para potencializar o uso de drones. No mesmo ano, iniciou-se a capacitação com 20 servidores do próprio Instituto, do Ibama e do Serviço Florestal Brasileiro. No ano passado, mais 15 servidores se tornaram aptos a utilizar o equipamento. Ainda este ano está prevista mais uma capacitação que deve ocorrer em setembro de 2020.