Todos os anos, centenas de milhares de pessoas tentam atravessar o Mediterrâneo, em embarcações precárias, tentando alcançar a costa, e muitas vezes essas tentativas acabam tendo um final trágico. Mas na tentativa de mudar isso, a ONG MOAS tem a disposição um barco, dois drones e uma tripulação de 18 pessoas.

Drone: resgate em alto marDrone: resgate em alto mar

Um casal ítalo-americano, que vivem em Malta, está tentando mudar tal situação. Usando os próprios recursos financeiros e metade de suas reservas, equivalente a 7,5 milhões de dólares, fundaram a ONG MOAS (Migrant Offshore Aid Station), ou Estação Marinha de Ajuda a Imigrantes (em tradução livre). Estima-se que em 2014 eles tenham ajudado a salvar cerca de 3.000 imigrantes no Mediterrâneo em apenas 60 dias de trabalho.

Segundo noticiado pelo portal exame.com, a inspiração veio após Christopher Catrambone e sua esposa vivenciarem a tragédia de Lampedusa, na Itália em outubro de 2013, onde uma embarcação cheia de tripulantes naufragou matando 366 pessoas. E para evitar que isso venha a se repetir com outras pessoas, o casal criaram o grupo para salvar pessoas em situações parecidas no Mediterrâneo.

O projeto conta com barco Phoenix, dois drones e uma tripulação de 18 pessoas, incluindo um médico, socorristas e enfermeiros, para auxiliar as autoridades italianas nos resgates. “Não estamos aqui para salvar o mundo. Estamos aqui para ajudar pessoas em necessidade”, afirmou Catrambone à revista Time (link para matéria completa da revista Time). “E não podemos ignorar que tem gente morrendo no mar. Ninguém pode”, completou ele. Todo ano noticia-se diversos casos de sobre a arriscada travessia de imigrantes pelo Mediterrâneo e, infelizmente, várias delas acabam se tornando tragédias e notícias que preferiríamos não precisar estar vendo. Você pode ler uma matéria feita sobre o caso, para entender melhor a motivação deles e onde estão os riscos aqui.

No final de 2014, a ONG precisando de fundos para continuar seu trabalho lançou um apelo para conseguir financiamento. Na sexta-feira passada, a ONG Médicos Sem Fronteira, que trabalha em desastres humanitários ao redor do mundo, anunciou que irá se juntar à ONG MOAS entre maio e outubro.

“Nossa motivação é séria. Ninguém merece morrer e faremos de tudo para garantir que não afundem aqueles que são obrigados a atravessar esse mar traiçoeiro em embarcações precárias”, explica o diretor da MOAS, Martin Xuereb.

No mês passado, junho, o portal de notícias G1 divulgou uma notícia em que o título é: “Operação resgata mais de 2 mil imigrantes no Mar Mediterrâneo“, a operação a qual eles se referem foi organizada e efetuada pela ONG MOAS.