Google quer controlar o tráfego aéreo dos drones
É fato, em breve veremos um enxame de drones no céu. A escolha da palavra enxame não poderia ser mais adequada, pois na tradução literal, do inglês para o português, drones é equivalente à palavra zangão.
Raramente fazemos uma ponte entre os aviões e os drones, talvez o que os distanciem na nossa mente seja o porte destes veículos, aquele levando mais de 200 passageiros e esse nenhum. Mas a verdade é que se pararmos para pensar sobre o crescimento desenfreado dos drones, perceberemos um problema: não há nenhuma torre de controle para evitar as colisões entre eles. Mas a gigante do Mountain View, também conhecida como Google, quer mudar isso.
Para tal, há a intenção de se firmar uma parceria entre grandes e conhecidas empresas na área de tecnologia, aviação e comunicação. Entre os nomes para tal projeto estão a Amazon, que já havia demonstrado interesse anteriormente em fazer entregas usando os drones; Verizon Communications, multinacional com mais de 200 milhões de clientes pelo mundo, especialista na área de telecomunicações; e Harris Corp, empresa que produz equipamentos sem fio, rádios táticos para comunicação, sistemas eletrônicos além de antenas para diversos fins.
Ainda não há um posicionamento do governo norte-americano sobre o caso, mas por ainda não declararem que haverão grandes torres operadas por federais para controlar os voos dos drones, podemos perceber que há o anseio em delegar tal função a outro. Mas, não se pode dizer que o governo está tentando se livrar de toda, e qualquer responsabilidade, ele tem se mostrado bem aberto às sugestões que vêm surgindo. E com o nome do Google no meio, e o seu interesse pelas coisas automatizadas, não me surpreenderia se em algum momento fosse noticiado uma solução autônoma que faz este controle. E quem sabe o Google não acabe por utilizar alguma tecnologia para interceptar os voos de drones que não possuem autorização para o voo, algo como isto.
O Google possui um projeto misterioso, do qual apenas é de conhecimento público a sua existência, chamado Wing (que em português seria Projeto Asa), e seu diretor Dave Vos disse certa vez que a ideia não é apenas uma empresa, entidade ou organização tomar conta dos ares. Segundo ele, a verdadeira ideia é que qualquer um possa inventar uma solução.
Existe um acordo entre algumas empresas, como as citadas neste artigo (Google, Amazon, Verizon, Harris), que totalizam pelo menos 14, com a NASA para, juntas, criarem um sistema para controle do tráfego aéreo e coordenar os drones com voos em baixa altitude, que vem sendo chamado pela agência como Unmanned Aerial System Traffic Management (em português, sistema de gestão de tráfego de veículos aéreos não tripulados). Além das 14 empresas envolvidas no desenvolvimento, o número de outras organizações e de universidades interessadas no projeto passa de 100.