Measure e seu enxame são aprovados pela FAA
Neste período de discussão sobre a regulamentação brasileira sobre os drones, que deve sair muito eme breve, vale ver o que tem sido feito no exterior, um caso recente que tem ganhado a mídia foi o da Federal Aviation Administration (FAA), entidade governamental estadunidense responsável por todos os aspectos da aviação civil nos estados unidos, que aprovou a utilização de um gigante enxame de drones por uma startup para fins comerciais. No total são 324 drones que voarão junto com a startup chamada Measure.
Embora algumas pessoas possam não pensar, no primeiro momento, que este total de 324 veículos aéreos não tripulados não seja algo considerável, por conta dos números enormes que nos rodeiam diariamente, na internet; nos noticíarios; no nosso trabalho etc, mas é uma das maiores aprovações até agora.
Vale lembrar que um ano atrás a utilização de drones para fins comerciais era mais uma ideia do que realidade. Em 2014 havia apenas duas empresas autorizadas pela FAA a utilizar os drones para fins comerciais, e elas estavam localizadas no extremo norte do Alasca. As mudanças ocorridas, no que diz respeito aos veículos aéreos não tripulados, foram drásticas, no mesmo país em que antes havia apenas 2 empresas podendo legalmente utilizar os drones para fins comerciais, há hoje mais de 1000 possíveis usos autorizados para os pilotos e empresas interessadas.
A ideia por trás da Measure não é utilizar os drones para fazer entregas, como fará a Amazon com sua patente do drone seguidor, nem para criar uma partida de futebol improvável como feito pela Pepsi e nem mesmo para criar uma coreografia e colocar os veículos aéreos para fazer par com um dançarino, como o projeto do pessoal da CollMot. A ideia deles, é utilizar os drones para mensurar e coletar dados, de forma precisa e de baixo custo.
A startup com sede em Washington, DC, já operava como uma empresa de consultoria e serviços, que junto com seus clientes levantava informações sobre como os drones poderia ajuda-lós, facilitar algumas tarefas, e até expandir seus negócios. Várias indústrias já vinham fazendo uso, e colhendo os benefícios, da fotografia aérea e de outros dados que os veículos aéreos não tripulados podem fornecer, alguns exemplos são a agricultura; indústrias de petróleo e gás; e até algumas companhias de seguro. Os dados providos por eles são valiosos e, em algumas situações, essenciais.
Segundo notícia da Cable News Network (CNN), conhecido canal a cabo de notícias norte-americano, entre os clientes que já haviam procurado a Measure estão a Boeing, IBM, UPS, e até a Cruz Vermelha estadunidense.
As empresas que desejam fazer uso comercial dos drones devem solicitar a aprovação da FAA e respeitar várias regras que são impostas para garantir a segurança do cidadão, entre essas está a de que o operador humano não pode perder o veículo de vista, devendo sempre permanecer no seu raio de visão. E são regras como essa que têm tornado difícil às empresas iniciarem suas atividades com os drones, é fácil perceber como esta imposição dificulta empresas, como a Amazon, a iniciar seu serviço de entregas.
Talvez, por a Measure não ter a intenção de fazer entregas, mas seu motivador é usar os drones à coleta de informações, tenha sido mais fácil a aprovação por meio da FAA. Em uma carta, que pode ser lida na íntegra aqui, enviada pela startup para a entidade estadunidense responsável, é possível ler que eles respeitarão o limite máximo de altitude durante seus vôos e que tomarão, de forma rígida, todas as medidas para garantir que seus operadores, aqueles que estiverem controlado os drones, mantenha o veículo no seu campo de visão.
Outro fato que vale ser lembrado, dentre as inúmeras mudanças ocorridas neste último ano e que mostra que 2015 é um ano em que os drones vão começar a ganhar seu espaço e se expandirão cada vez mais, é que a primeira entrega sancionada pela FAA efetuada por um veículo aéreo não tripulado ocorreu este ano, em julho, por uma pequena statup chamada Flirtey.